domingo, 19 de julho de 2009

Do outro lado do IJ

Amsterdã é uma cidade cheia de segredos e surpresas. Mesmo quem vive aqui há muito tempo está sempre descobrindo coisas novas.

Meu mais recente ‘local preferido’ da cidade é a NDSM. A sigla vem de Nederlandsche Dok en Scheepsbouw Maatschappij (sociedade holandesa de docas e estaleiros). Fica na região norte, junto ao IJ (pronuncia-se ‘ai’), o braço d’água que liga Amsterdã ao mar.

Logo atrás da Estação Central – que é um prédio lindo do arquiteto P.J.H. Cuypers, construído entre 1881 e 1889 sobre três ilhas artificiais – pode-se pegar o ferry-boat (que aqui se chama pont) que leva até a NDSM. É de graça.

Já na chegada, um submarino semi-emergido e o Botel, um hotel-barco, chamam a atenção. A parada do pont é próxima à IJ-Kantine, um café-restaurante legal, mas um tanto caro. Explorando um pouco mais a região - que pode parecer um grande terreno baldio com barracões abandonados, mas não é -, um outro café, na minha opinião bem mais charmoso, o Noorderlicht, é o lugar perfeito para uma tarde de sol ou uma noite de verão.

Um dos barracões da NDSM é hoje um centro de cultura alternativa, com ateliês, teatro e pista de skate. Ali também rolam altas festas. É um destes lugares meio surreais, em que a gente se sente como personagem de um filme.

Abrindo hoje o site da NDSM, dei de cara com uma fotomontagem superbacana de Marc Faasse, que foi meu professor de fotografia (e é uma graça de holandês!). Ele inventou uma câmara suspensa que utiliza em muitos de seus trabalhos, criando imagens únicas, com um ponto de vista original (em muitos sentidos).

O vídeo abaixo é um clipe feito para o festival Over het IJ, que acontece sempre nas duas primeiras semanas de julho. É de 2007-2008, mas dá uma boa idéia do espírito da NDSM. Os espetáculos são apresentados dentro de contêineres ou ao ar livre, em locações das mais inesperadas...

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